quinta-feira, 5 de março de 2015

DUALIDADE


Sei que vais dizer: “tem nada a ver, o que ocorreu é banal, pode esquecer”,
não é assim, p’rá mim (e nem será), o que passou, não passará...
Fui todo presa, ceguei de luz, feliz (até por crer que eras feliz, sei lá...).

Agora que dizes, passou p’rá ti e passará p’rá mim (tem nada a ver),
banalidades p’rá esquecer, vejo que fui nem aprendiz de feiticeiro, me iludi
querendo eterno e verdadeiro o céu que nunca esteve em ti...

Eu que o criei tenho de agora, não importa como ou em que hora,
apagá-lo na senda última do coração... Desilusão, tudo escurece...

E o que foi ou pensei ser... Esquece!... Esquece!...

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