sábado, 10 de outubro de 2015

ELIPSES


E assim a força centrífuga me atinge e o mundo roda
E a roda sou... Em nada sei e penso...
Embora o receio e a curva,
Sigo empurrado e sacudido por sonhos
E o sonho sou... Em tudo, sei, o escuro...
E o remoinho dos passantes e certezas
Aderem-se ao menino
E menino sou, de espirais incertos...
E, perplexo, alcanço o nada e o tudo
Inventando a vida
E a vida sou, desfolhando cinzas.
E rodo a curva, o tempo corre
E movo o novo do infinito hoje
E o hoje sou, em amanhãs que tenho...
E o mundo m eu se chama enigma
E rasga o antes e o depois
E o antes e depois sou, em mim o espaço,
Como o tempero de todos os meus tempos
Que este tempo urde
A curva próxima espera-me em seu todo
De recriar mistérios ao menino moço...

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