(Este poema, escrito por volta do final de 2013 ou 2014, é dedicado ao meu amigo Evandro Job Junqueira dos Santos que deixou de ser o Papai Noel de tantas crianças, ao iniciar outra religião).
Amigo estou preocupado contigo, Ora, te reencontro e, acho, tão triste Parece-me que estás em perigo Com frutos amargos, colhidos
Agonizando solidão. Comedido, Sem sumo, perdidos, sem rumo, saíste
Em busca do teu eu, esquecido. Ao acaso fugaz do fugaz imerecido.
Que certas são perdas e ganhos Não quero interferir em tua fé,
Como partes do todo da vida. Nem maculá-la com minha rudeza
Certo, também, do que plantamos Mas nenhum Ser Divino que É,
Faz-se a colheita merecida. Prescinde de magia ou beleza.
E tu que plantavas esperanças De buscar o saber e a quimera
No infinito voo de tua magia Também, nos contos de fadas,
Revigorando para tantas crianças Pois sonhos e assim se espera
O inocente tudo de tua fantasia. Alimentam corações e almas.
E quanto mais denso o mergulho Por isso, salva teu Papai Noel
E quanto mais imensa a paixão Que distribuiu alegrias, presentes
Teu sonho clareando escuros Materializados bem além do papel
De universos sem ilusão, Às crianças, de fé e esperança carentes.
Se fez verbo e se fez vivo Creia-me, caro e puro amigo,
No verso sadio de uma lenda Voltar à fantasia de Noel, podeis,
Que se sabe, mais que improviso Sem receio, culpa ou castigo,
Está muito além da oferenda. Na louvação do Rei dos Reis.
E, se minha ignorância não faz estrago,
Foi São Nicolau, o Papai Noel original
Que a pretexto de imitar os Reis Magos
Iniciou o costume de celebrar o Natal,
Na data apontada pela maioria
Como do nascimento de Jesus
Doando, como tu, naquele e todos os dias,
Natais de Amor, Fantasia, Paz e Luz...
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