sábado, 30 de outubro de 2021

GIRANDO


Vez que outra, calmaria,

adiante noites e dias

seguindo rumos e teias

onde anjos e demônios

dominam cenas e areias

às orgias desenfreadas

da explosão dos hormônios,

logo ali a encruzilhada.

E tudo que passa agora

e tudo já foi embora

como ogivas nucleares

entre minha sorte ou azares

corroídas em meu nada

que já foi ou é morada

de antigas falhas, pesares,

desses seguidos andares,

até que a morte os pare,

na vida que assim estanca

por entre acasos, barrancas,

em fim de caso, não raro

à noite do meu desamparo.

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