Venho de longe, de viagens repetidas
resultante que sou de vindas e idas.
Chego onde o braço me alcança
e a criança que fui torna-se adulta.
Não trago migalhas ou vetos,
nem portas ocultas ou gestos de nada,
sou apenas minha própria história
de pureza entretida e pecado formal.
Sou um pouco distante do tempo de espera
e agito o vernáculo na ânsia de ser ouvido,
rebatizando o cotidiano na fé e na força,
trazendo o inusitado como incerteza.
Venho do meio da plebe, assumindo os riscos
dos tempos verdades, etapas concretas e rimas.
Sem prevenções, não me visto de alegorias
que não a do pão, do circo e da vida.
Venho e continuo vindo como tudo que passa.
Olho a destreza do sonho e da realidade
vagando em meio às minhas tormentas.
Sou parte, jeito, antídoto e veneno
sou todo e todo me entrego, me abro, me fecho,
caminhando meu rumo, no rumo de tantos.
Sou o que sou, o que fui e serei,
venho e continuo vindo como tudo que passa...
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