(Um poema guardado por minha amiga Ione Kusnecoff, escrito em 30/12/1988):
Caminha por sobre os perigos
Seguindo as luzes do amor,
Em volta estão os amigos
Adiante aquilo o que for.
Destranca dos lábios o sorriso
A vida é milagre, é amor,
Apreenda de seus improvisos
Ou o sumo daquilo que for.
E siga a estrada do sempre,
Limites não há para dois,
Acenda o infinito no ventre
Do antes, durante e depois.
É o sonho que acende a manhã
Do hoje, do sim, do que for,
Creia, há sempre uma canaã
Basta viver para o amor.
Mantenha os olhos abertos
Pois são tantas as armadilhas
Que o mal, o fácil, põem perto
Nas encruzilhadas da trilha.
Levanta após cada queda,
A dor também é bendita,
É pedra que junto a outras pedras
Forma a escultura da vida.
E quando não sobrar caminhos
E o sol esconder-se por fim
Lembra ainda terá passarinhos,
Lírios no campo e a mim.
Caminha por sobre as guerras,
Nas mãos a oliveira da paz
Expulsa o terror que se encerra
No ódio doentio que ela traz.
E quando morrer de cansaço,
De dor, de não ser assim,
Venha colher dos meus braços
Tudo o que reste de mim.
Caminha no sonho dos livres
A vida é milagre, é amor,
Aprenda ela é o que se vive
Antes, durante e o que for...
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