sexta-feira, 24 de agosto de 2018

RENASCIMENTO


Veja bem o que me aconteceu
Sem porém, sem recado, ninguém
Alertou, avisou, eu me perdi,
Tropecei e, cambaleante, caí.
Armadilhas nas curvas do espelho
Olhos negros, vestindo vermelhos
De um pranto que teimei enxugar,
De cujo encanto deixei-me cegar,
Mera falena embevecida pela luz.
O choro destravou o engodo
E a verdade impôs minha cruz.
Agora, aos frangalhos de mim
Vagando por entre os botequins
Embrulho os fracassos do dia
No brilho falso da impiedosa ironia
Dos meus silogismo, em vis falácias,
Daquela dialética, a farsa da farsa,
Em legados de indiferença e de dor.
Porém, tudo isso passará, sem vida,
Página virada, história esquecida,
Ao nascimento de um novo amor!

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