segunda-feira, 1 de outubro de 2018

DESACERTO



Abriu as portas do céu e se deixou envolver pela ternura
Daquele ser recém chegado; terna provou do mel toda a doçura
E se fez branda, se fez humana de verdade, um sim à realidade!
Amou e como amou e foi amada, viveu o melhor sonho, encantada!
Agora revive paisagens dessa história em imagens desfocadas
Da memória; o cotidiano no passar dos anos tudo estragou
E o amor, ah o amor que foi mais do que tudo, terminou
Ao fogo antigo faltou cuidados e assim relegado, pouco restou
Sua última brasa, morna de nada, a lenha verde no choro apagou...
E foi abrindo outras portas de falsos céus, sem perceber
Que a escuridão própria de si, vertia em si o intransponível não
À vida e bem assim se fez partida, se fez vestida de escuridão!

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