sábado, 16 de janeiro de 2021
DESPERTAR
Ao longe, muito longe, o céu e a pampa em mistura comum /
Perderam a individualidade, únicos, como n'um dois em um. /
Na visão que partia de um promontório difuso, imaginário, /
Estampando o passado e dentro dele se visse um perdulário /
De momentos, no personagem que até então alimentara. /
Como pudera, se perguntava, como pudera ser tão cego /
E sacrificara a verdade insculpida no fundo de seu ego /
Pelos estertores e ânsia mortal de inválidas futilidades /
Que tisnaram de fel o que realmente importa, a realidade /
Dos sonhos e realizações eternas do quanto abandonara. /
Assim e pela vez primeira, ao acordar percebeu revelado /
O que sempre soube ser e ter da vida, seu próprio legado: /
Viver, viver o mais possível no céu, mais alegre ou triste, /
Pouco importa, sentindo-se vivo, neste viver que existe /
Em cada átomo do ser que, enfim, descobrira e se tornara.
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