terça-feira, 4 de janeiro de 2022

DOS CADERNOS TEMÁTICOS .......... POETA ITAGIBA JOSÉ - (PARTE II) .......... POEMAS DUROS -OU QUASE- (I) ....................................................................................................................... ............................................................................................................................................. (1) EU E A GUERRA A batalha seguia enquanto homens matavam homens, ....................... Homens irmãos! .............................. A morte sorria enquanto a guerra cantava, .............................. Cantava o canhão! .................... Ali eu estava com aquela arma cuspindo morte, .................... Morte na mão! .................... No fragor da procela, o instinto me guiava: .................... Auto-conservação! ........................ Olhos crispados, cabelos revoltos, desvarios, .................... Lutando feito um cão! ..................................................................................... Estava eu tremendo com a carta na mão, .................... Na mão inocente, ...................... Fora convocado, diante disso, me perguntaram: ................... “É medo o que sentes?” ........................... Então, papai disse: “A morte não escolhe o lugar, ............... Nem o cliente, ..................... sentir medo dela, do mundo, dos homens, da guerra ............... É ser nada, somente ...” ................ Meu pai, respondi, só a guerra me assusta ................ Pois transforma a gente ....................... E faz com o que forte e o fraco, o bom e o mau, ............ Matem legalmente ................ E se agora tremo não é pelo medo de dores, da morte .............. Que terei de enfrentar .................... Porém papai, seu filho inocente, puro e amigo ............. Terá que pecar! ........................ E mesmo que volte coberto de louros, um herói, ............ Herói por lutar, ...................... E mesmo que a história enalteça suas glórias .............. Terá que acusar: ............... Este homem foi um grande guerreiro, um grande, ............ Viveu a guerrear, .................... Perde-se no tempo as batalhas e quantos (irmãos) .......... Conseguiu matar. ............................ ........................................................................................... E aqui estou eu, de arma em punho, matando... ............. Matar ou morrer! .............. O inimigo tem alma, rosto, família e também ............... Deseja viver; ................... Sua causa é contrária, mas a luta é igual, ................ Igual é o dever! ..................... Que fenômeno é esse que vidas consome e ao diálogo ........ Põem a correr? .................... Cadê o raciocínio que ao instinto supera??? ... ........... Não consigo entender ... ................. Pois vença quem vença, em se tratando de guerra ........... Todos irão perder!!! .................................................................................................. ............................................ (2) STRESS ......................................................... Correu célere em busca do amanhã ................................... Na doida certeza que o alcançaria. ................................. Sem tempo a perder e tudo a fazer ................. Preocupou-se e ganhou uma úlcera .................. Fechou-se em si mesmo dobrando o ritmo ................ Cultivando a volúpia do poder. ........................ Duro foi despertar sem identidade ......... Naquele hospital que desconhecia. ......... Um corpo cansado, uma mente abalada, ...... Um nada ao quadrado. ...................... Enquanto corria rumo ao amanhã ................ Não se deixava viver o presente ........................... Nem ser ou fazer alguém feliz! ................ Recuperado, não buscou o amanhã antecipado ........ E viveu em cada segundo sua eternidade ............ Compreendendo que a vida ou a felicidade .............. É o instante que fica, embora passado, ................ É o instante que passa, embora presente, .............. É o instante que vem pelo inesperado! ............................................................................. ........................... (3) PÓS – GUERRA .................................... Desejo reinventar o amor .......... Embora acredite tê-lo morto ....... E faz tão pouco tempo! ........... Desejo o riso que esqueci ........ Nos tortuosos caminhos de tantas bocas. ........ Desejo a paz que joguei fora ........... No mito de minha crença, sem fé. ........ Desejo soprar as cinzas que me sujam ........ E catar ilusões e sonhos que quis .......... E não consegui, apesar de tudo, expulsar. ....... Estou calmo, passou a tempestade; .......... A gargalhada da metralhadora .......... Ou o troar do canhão assassino ........ Não são mais a minha extensão, ........ Até meu ódio adormeceu, banido ........ Pelo desejo de dialogar com você, ...... Com o mundo, comigo mesmo. ............ Amadureci, creio, amadureci! .......... Sei, será difícil despir-me do egoísmo ...... Enriquecido durante todo este tempo ........ Em que fiz da antítese minha tese ............ E compliquei a síntese de minha dialética. ...... Será difícil descer do pedestal .......... Em que me coloquei quando fui a justiça ........ E minha verdade era a única, verdadeira! ....... Será difícil esquecer a ânsia doida ............ De deter a posse da razão pagã... ............. Foi o que nos separou e quase nos destruiu! .... Foi essa soberba que me fez inimigo ............ De um ser humano e o próximo .............. Meu inimigo ... Quão louco eu estava ... ....... ....................................................................................................................... .................... (4) VELHICE (LENTAMENTE) Lentamente, as lembranças ........ Amarelam pelo chão ........ Como folhas de outono... ......... Lá se vão sonhos crianças, ....... Entre alma e coração ............. Passageiros no que fomos... ...... Lentamente, toda saudade ......... Toma conta do viver .............. Como seiva que se esgota... ...... Enquanto toda ansiedade .......... Nocauteia o bem querer ........... De se ir ao antes sem volta ... ........ Lentamente a vela acesa, ............... Em estertores, a iluminar .............. Projeta sombras do passado ............. Nelas, todas as incertezas ............. Do adiante, a nos matar ................ No nada sei revisitado ... ------------- ........................................----------------------............................................................................... (5) CANTOS DE SEREIAS ................. Muitos ou todos diziam, certos, ----------- que eras além do demais para mim ---------- e diante de tua beleza, por certo, -------- por mais bonito que eu fosse e nem assim -------- que nunca fui, nem perto, enfim,----------- também eu sabia que eras demais para mim. ------- Porém, parece, somente nós sabíamos, decerto ---- O que um e outro era ou seria, sempre, para si. ------ No entanto, para nosso desencanto, o canto ------- dessas urbanas sereias presas nas areias --------- da ampulheta chamada destino, fez-se ouvido ------ resultando na dispersão de sonhos intumescidos ------- desenvolvidos n'outros caminhos e acenos ------------- enquanto se dissolvia nossa trigonometria ------------ não apenas em repetidos senos e co-senos, ------------ para fora e além do infinito de nossa simetria. ------ E fomos de gole em gole do azedo embriagados, -------- Sem mais o doce do vivido e jamais esquecido --------- Que teimosamente permaneceu ali, ao nosso lado ------- Como dolorido espinho espetando os desatinos. -------- E foste embora, sem jamais ter ido em mim ------------ Que conservo teu aroma no amor inenarrável, ---------- Em meio ao imensurável da saudade e suas teias ------- Para muito além dos falsos cantos de sereias. ------------------ ---(6) PREDESTINAÇÃO --------------------------------- Nem bem começara a tarde, nem a tradicional sesta, ------------- o temporal anunciado em nuvens escuras no céu plúmbeo ---------- desabou por sobre infelizes vítimas, prenhe de aleivosias; ----- daí em diante nada se sabe do que ou quando, tudo é festa, ----- do que ou quando se estancará toda água desse plenilúnio ------- forjado em grossas gotas ou flechas grávidas de ventanias. ----- Arrisque-se a sair de casa expondo-se como um fio terra -------- pensando não ser imã suficiente para atrair poderosos raios ---- que, quase certo terá à frente, um caindo em sua cabeça -------- e o seu nada atestará que raios não poupam quem se ferra ------- pensando ser maior por ter coragem de enfrentar desafios ------- pouco importando a importância do resultado que ofereça. ------- A vida é simples como um início de tarde, uma simples sesta ---- a aproveite e sugue o sumo próprio de quem sabe vivê-la -------- mesmo sem ter, mais do que tudo seja, amando, sendo amado ------ e o seu ser atestará que em si se basta, sendo orgia e festa ---- em inesgotável plenilúnio de luzes e sonhos, sem represas ------ para o qual todos, sem ressalvas enfim, foram predestinados. ---- ---(7) GARATUJAS -------- Manhã de calor, sol intenso, céu límpido --------- Pintado de garatujas brancas, muito brilho, ------ Que trazem à memória aquelas, do olimpo -------- Da infância de crianças, dos meus filhos ------- Pintando paredes da casa e fugindo ------------- Para o abrigo do pai, com a mãe rugindo. ------- Agora, nesta quadra da existência às repenso, ------ Minha memória, nem tão manhã ou sol intenso, ------- Nem tão céu, pintada de garatujas acumuladas ------- Nem tão brancas, já sem brilho, repousadas --------- Na parede do passado onde busco meu refúgio -------- Na contramão do ontem, no abrigo dos meus filhos. ---------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------------------------------------------ (8) ALZHEIMER ----------- Registram os vazios de tua memória --------- Ausências e estopins, cansadas liças ------- Vez em quando vem luz à tua história ------- Ressurgida de tuas areias movediças. ------- Teu cérebro, então, como menino leve ------- Traz a vida antiga para este agora cego ---- E te refaz, na paz desse espasmo breve, ---- Em sons e imagens que eu não enxergo. ------ Consulto o médico, a minha e a tua vida ---- Não têm respostas, mesmo no improviso ------ Do teu silêncio a doença enlouquecida ------ Gera mais escuridão ao nada, sem aviso. ---- Já não és sombra da pessoa que existia ----- No fundo de tua alma, um desconhecido ------ Embaralha e dita as cartas do teu dia a dia ------ Apagando rastros do que já tenhas sido. ---------- A doença que sentes, sei e sequer conheces ------- Com a mesma intensidade me sangra, abate, --------- Matando não apenas a ti, o amor que destes, ------ Também a mim, tão impotente para curar-te... -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- (9) NÁUFRAGO -------------------------- Venho e me coloco vestido de argumentos ----------- Tu, despida, faz-me espanto no contraponto -------- Dos acalantos que de há muito se afastaram -------- Até dos pensamentos; se de nada sei, desconto, ---- No pranto que te banha, as pequenas gotículas ----- Que se multiplicam em cachoeira de lágrimas ------- Distribuindo forças ao gaguejar das vírgulas. ----- Diante disso a lógica se desfaz em reticências ---- Nas essências de corpóreas e imateriais curvas ---- E o sol brilha diante do insuspeitável etéreo ----- Trazendo mais que luz aos meus olhos e raios ------ Rasgando o entardecer dos meus mistérios ---------- Como se fosse refúgio ao meu final naufrágio. ------------------------------------------------------------------------- --------------- (10) PASSAGEIROS ------------------ Tudo passa, repassa, exceto o tempo, -------------- Ela passou e a dor de sua ausência ---------------- Também passará, como contratempos! ---------------- Os mil momentos dos sonhos, à essência ------------ Dela e meus, balançam, indo e voltando ------------ Em meu eu, enquanto sigo passando... -------------- Passa, passará, passou, não temos escolhas -------- No repassar de águas, sóis ou sombras! -------------------------------------------------------------------------------- ------ (11)GIRANDO ----------- Vez que outra, calmaria, ----- adiante noites e dias -------- seguindo rumos e teias ------- onde anjos e demônios -------- dominam cenas e areias ------- às orgias desenfreadas ------- da explosão dos hormônios, --- logo ali a encruzilhada. ----- E tudo que passa agora ------- e tudo já foi embora --------- como ogivas nucleares -------- entre minha sorte ou azares ------ corroídas em meu nada -------- que já foi ou é morada ------- de antigas falhas, pesares, ------ desses seguidos andares, ----- até que a morte os pare, ----- na vida que assim estanca ---- por entre acasos, barrancas, ----- em fim de caso, não raro ----- à noite do meu desamparo. ---- (12)DOWN ------------------------------ Ah! Sou um todo poderoso de araque ---- Herói de gibi, de almanaque, ---------- Que se perde em suas próprias entranhas ----- Sem se dar conta que recontadas façanhas ---- São mentiras que sua ilusão, sua vaidade ---- Inventaram às vestindo de verdade. ---------- Ah! Sou um nada à esquerda do nada ---------- Inflado de frivolidade, conversa fiada ------ Batizadas no vácuo da inexistência ---------- Vazia forma de vestir a consciência --------- No traje roto, no traje desbotado, ---------- Do inseto amorfo no inseto despojado! --------------------------------------------------------------------------------- ----------------------- (13) OCASO -------------------- Onde anda teu sorriso ----------------------- Que transcendia minha ilusão? --------------- Onde anda o olhar --------------------------- Que incendiava meus átomos? ----------------- A eletricidade que fustigava meu ciúme, ----- Onde anda? Onde está? ----------------------- Teu sorriso está morto como o orvalho ------- Em presença do sol. ------------------------- De tristezas e amarguras teus olhos --------- Sem brilho, me falam e falam ... ------------ Tua eletricidade deixou de existir, --------- Não mais aciona a alavanca --------- De tantos desejos, mistérios e medos -------- Que, um dia, em mim habitaram! -------------- O que foi que te fez perder, ---------------- Na voragem da vida, a fé, ------------------- A esperança, que hoje alquebradas ----------- De tanto testadas, não vejo em ti? ---------- Que martírios impusestes ---------- A teu corpo e espírito, ----------- Cujos horrores passados ----------- Retornam alternados --------------- E os fazem fremir? ... ------------ Já não crês em nada, -------------- Que pena, morreste tão cedo ------- E nem o amor guardado no medo ----- Fará reviver centelhas de céu ... ------- É tarde! O sol já baixou no horizonte --- E a noite sem lua -------------- Que foi não só a tua ----------- Mas, também minha vida, -------- Aí está, a nos envolver! ---------------------------------------------------------------------------------------------- ------(14) PODER NEGRO -------------- Desloco um bloco inteiro de dor -------- Levanto e canto cantigas de amor ------- Não calo e falo de beijo, de flor, ----- Da vida querida sou o cantor. ---------- Escuto e luto por algo melhor, --------- O peito, o respeito, marca maior ------- Saudade, maldade, conheço de cor, ------ Alegria é dia que antecede o pior. ----- Na régua sem trégua vai o andor, ------- Segue no milagre de andar sem temor ---- Rezando e amando sem ver um menor. ----- Agita a infinita bandeira sem cor ------ De raça, humanos todos têm valor. ------ Fortes na morte, da vida amo e senhor. ---------------------------------------------------------------------- (15)DIAS DE DERROTA ------------------------------ Abateu-se sobre mim a tempestade ----------------- E me prostrou. Sinto-me um quase nada. ----------- Enquanto meu coração bate automaticamente -------- Minha alma morreu, meu corpo fenece. ------------- Sou lavrador que perdeu sua colheita ------------- E no desespero nem a prece é lenitivo ------------ Nem o sono ou o sonho é refúgio. ----------------- Subi a montanha para olhar o mundo --------------- E caí, agora é ele quem olha para mim. ----------- A dúvida é cruel quando não se acredita ---------- Nem mesmo na esperança. -------------------- São dias de derrota, dias de tristezas, ---- O cinza habita minhas entranhas, ----------- Estranha a vida, praticamente de incertezas ------ Que me fazem morrer a cada instante. ------- Sinto-me só, terrivelmente só, ------------- Com meu fracasso. ------------- A vida se renova, sei bem disso ------------ E quando retornar a antiga claridade ------- E sonhos bons se vestirem de realidade, ---- Serei novamente eu, serei sorriso, --------- Minha face regozijar-se-á em Deus ---------- E minha alma ressuscitará de céu! ------------------------------------------------------------------------------------- ---------(16)LOUCURA ---------------- Parei, olhei essa distância -------------- Que o separava de mim. As grades --------- Da cela o mantinham afastado ------------- Do tempo, alienado, sujo, irreverente. --- Sem compreender a realidade, --------- Nem seu destino, não opinava --------- E introspectivo, parecia triste. ----- Olhou-me, devastando minha sanidade ------ E em um lampejo de sarcasmo e lucidez sã ---- Cuspiu-me sua desgraça: --------- “Joga-me quatro bananas, -------- Joga-me quatro bananas” repetiu a ordem -------- Diante de minha surpresa e constrangimento. ---- Por um momento o meu silêncio e sua ira se defrontaram. ---------- À explosão de escárnio sobreveio a frase que o mantinha vivo: ---- “Vou matar todos vocês, vou matar, um dia!” ------------ Por que tanta agressividade? perguntei-lhe ------------ “Agressividade, agressividade? ----------------- É que tu não sabes o que é ser louco!” --------- Escondi-me na pretensa sanidade que detenho ---- Com medo de meu egoísmo ressaltar meu ego, ----- Porque, quem sabe, louco tenha sido desde sempre. --------------------------------------------------------------------- ------ (17)DESEPERO --------------------- Sim, sim eu estou morto ------------------- E quando nascer, libertando --------------- Minh’alma do corpo deformado, ------------- Que nem é corpo, é túmulo, ---------------- Estarei Livre! ------------ Livre para poder andar --------- Junto ao crepúsculo, ----------- Embriagar-me com as cores ------ Da alvorada, subir montanhas, ---- Nadar em rios, gargalhar, -------- Galopar ao vento, ---------------- Livre para ser um visionário... ------ Sim, sim as chagas que me cobrem ----- Dilaceram meu peito, ----------- Mas o arrogante espírito ---------- Não sucumbe a podridão da vida. ------ Vida? Que vida? ------------------- Se ficar preso a esta cadeira ----- E estender a mão para recolher míseros trocados ------ Enquanto a face ruboriza ----------------- Pelo sentimento de se sentir um inútil; --- Se apesar da constante ----- Companhia da multidão ------ Na esquina movimentada, ---- Estar-se sempre só e vazio; ---- Se se depender, depender, depender ----- E sempre depender, de tudo ------ E de todos, não importando ------- A mágoa de não ser um todo ------- E sim, um resto, ----------------- Se isso é viver, não quero viver, ------------ Não quero viver!!! ---------------------------------------------------------------------------------------------------- ---- (18)IDENTIDADE ----------------- Mantenho diante do que vejo e sinto ---------------- Esta postura antropofágica como defesa ------------ E se não tenho o porte de herói ou guerreiro ------- É porque me contento em ser covarde ---------------- Ou, pelo menos ser normal como todos os outros. ------ Procuro manter coerência em meus momentos ---------- Para que no gênese de meus pensamentos --------- Possa reter a ordem que o cotidiano retira ---------- E assim construir dois mundos, -------------- O que pode parecer quase inadmissível; ------ Enquanto do lado de fora da muralha --------- Porto-me como gladiador embrutecido --------- Lá dentro deixo os pássaros cantarem -------- E jorrar a cascata da imaginação ------------ Não tenho a pretensão de mostrar-me, -------- Abrir-me, ser retalhado não é exatamente ---- O que desejo; nem tenho coragem para tanto ---- E reconheço que se aparência e verdade ------ Puderem ser mantidas sem atropelos, --------- Passarei pela realidade imposta pelo meio ----- Sem prejudicá-la ou combatê-la, ------------- Afinal a inércia e a aceitação passiva ------ Fazem parte do arsenal da humanidade -------- E, só e fraco, não tenho forças para vergá-las. ------ Todos transferiram a agressividade para todos -------- E guardaram dentro de si e para si o melhor que têm. ---- Não sou exceção, pudera!

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