sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

SEM BORBOLETAS

Soprou cinzas tentando reavivar antigas, apagadas brasas / No recomeço, ranzinza, de quem perdeu a raiz, sua casa; / Ah! o progresso, o fracasso, o cair do cavalo, a estrada, / Os tiros de laço à toa jogados, por entre bretes, canhadas. / / Maneado no orgulho besta, não comeu e arrotou flor, / Levitando pedregulhos, fantasias, charla de vencedor, / Retornou, mãos vazias sem o mínimo do que buscou./ Doído de nostalgias, sem sonhos que o vento levou. / / Ao trote de marandovás perdeu-se em meio às taperas, / Em meio às bocas de lobos encilhou bocas de espera, / Nem quis ser qualquer santo, muito menos pecador / E menos ainda, por encanto, deste mundo o salvador. / / Quis apenas ter pra si, pros seus, quem mais viesse / O que chamou melhor futuro, tudo o quanto pudesse. / Deu errado, no escuro que a ausência do sol deixou, / Sobreviveram sombras e nenhuma réstia de luz ficou. /

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