terça-feira, 27 de maio de 2014

DESVÃOS


Guardo comigo aquele momento, pleno!
em que teu corpo enluarado, sereno,
repousou no meu, exangue, entontecido!
Não há visão mais bela que mais eu encene
rever teu rosto, a cor neon, os olhos claros,
brilhando ao êxtase do tanto vivenciado.
Ainda sinto em mim, e como, embevecido,
o infinito desse tanto jamais esquecido...
Assalta-me a saudade em transe ameno
e volto à febre do caminho percorrido
no tanto tido que se deposita entorpecido
nos desvãos do pode ser e do somenos...

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