E caminhara sob a neblina
vencendo ruas, dobrando esquinas
com as mãos nuas e sem mistérios
fez-se de fonte, formando impérios.
Agora se dera conta que o cedo
cedera ao tarde todos os medos
e ao ir tão longe batendo asas
ganhara o sempre, perdera a casa.
E caminhara incertas luas e fontes
transando ruas em horizontes,
becos fechados, sem arco-iris,
em sonhos furtados aos infelizes
E se consumira na lava quente
do egoísmo de tanta gente.
Assim é a vida, disseram todos
em repeteco, ciclos e coros...
E o amanhã, que não existe,
sempre virá, eis que persiste
a magia do sempre no momento,
no ontem, no hoje , no pensamento.
Por isso segue, está é a ordem,
busca no fundo de tua desordem
o ponto chave que te alavanca
para a verdade que se destranca
de toda dor que ensina e purifica
e que, da vida, é a parte mais rica.
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