terça-feira, 8 de abril de 2014

OCASO


Onde anda o sorriso que transcendia minha ilusão?
Onde anda o olhar que incendiava meus átomos?
A eletricidade que fustigava o meu ciúme,
Onde anda?... Onde está?
Teu sorriso está morto como o orvalho
em presença do sol.
De tristezas e amarguras teus olhos me falam...

Tua eletricidade deixou de existir
e não mais aciona a alavanca
de tantos desejos, mistérios e medos
que, um dia, em mim viveram...

O que foi que te fez perder,
na voragem da vida, a fé,
a esperança que hoje alquebradas
de tanto testadas, não vejo em ti?
Que martírios impuseste a teu corpo e espírito
cujos horrores passados
retornam alternados e os fazem fremir?...

Já não crês em nada,
que pena, morreste tão cedo
e nem o amor guardado a medo
te fará reviver em centelhas de céu...

É tarde! o sol já baixou no horizonte
e a noite, sem lua, que foi não só a tua
mas também a minha vida
aí vem, nos envolver...

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