sexta-feira, 27 de julho de 2018
SEM NOÇÃO
Sou um pouco mais do que quem sabe
Num muito aquém de uma proposta,
Mesa posta, burburinho de respostas
Num quase muito do que não se acabe.
Quase sozinho percorro meus descaminhos
Entre abismos de um quase sido e ido
Um surdo-mudo de solfejos e espinhos
Nada sei do tudo e muito já esquecido
Passeio em meio à harmonia e à algazarra
Deslizando por entre esquivas de quimeras
No compasso das formigas, canto cigarras
Destas retendo a maviosidade das esperas.
Tudo passa, como também passará meu passo
Enquanto arrasto, em mim, meus desatinos
Somados à cegueira de não me saber espaço
Dos amanhã e hoje do meu próprio destino.
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