Foram dias, foram anos...
Cai o pano... cai o pano.
Vergou a roda do tempo,
quebrou a última légua,
bateu de quina no vento
e na corredeira sem trégua
os moinhos de fantasia
que foram encantados, um dia
- confetes de nostalgia -
consigo foram levados.
Mas o passado não passa,
boleadeira que não gasta
a lo largo e/ou pelo avesso
torna o fim p'rá ser começo
pelo desfecho da ida
restando, enfim, no presente
transferindo nas despedidas
às ilusões dos ausentes...
E a existência é fumaça
espaço que só se abraça
no marujar deste agora
que desde sempre vai embora...
Foram dias, foram anos,
Cai o pano... cai o pano!
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