Rasguem as entranhas do nunca
com a força da fantasia,
estalem os dedos da escuta
lambuzem a barra do dia.
Voem libélulas, efemérides, borboletas
nos arcos-íris das vindas
ou idas das despedidas
e enquanto o sino do tempo
badala o som do amanhã,
o hoje se faça consenso
na flauta doce do ser.
Voem libélulas, efemérides, borboletas
a vida é frágil cometa
no eterno céu do esperar.
E enquanto brincam de tédio,
enquanto buscam remédio
a vida se deixa estar
a vida se deixa viver.
Explodam o aperto do antes
em multicores facetas
reafirmando o durante
passeando neste cometa.
Voem libélulas, efemérides, borboletas,
libertem a alma, o sim
da fonte, de todo o iníicio
e se dando inteiras, assim,
despidas de artifícios
sejam canções benditas
na sempre-viva das horas
pois que frágil, ainda e embora,
a vida é infinita!
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