sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Nômades

Até aqui, somamos desencontros
sob o manto da dispersão.
Em nós, reticências e metáforas,
mistérios, nuances dissipadas
da verdadeira força que nos une.
Nosso pontos de convergência
formam-se em perpendiculares
(cruzamentos que duram momentos
carregados de uma quase eternidade
em não assumir nossos sonhos).
Repetimo-nos no ritual do ir e vir
como nômades de nós mesmos,
com o desejo sedentário de ficar
repartido em circunstâncias e termos,
sendo distância e sonhos que preparam
a vinda de todos os encontros.
Que um deles seja, enfim, definitivo
final dos hiatos formados das ausências,
início de caminhos em eterna presença
do amor vivido além de suas essências.

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