Aprenda um pouco
com este louco
que acredita em fantasia
e aperte o cinto
neste sonhar,
vem p'rá voar
por sobre a pampa
do impossível,
sob o encanto
do céu improvável.
E senta a pua
nessa tristeza
expulsa à rua
todas incertezas.
Apanhas as luas
do inumerável.
Vens acariciar
este universo
de realidade
que dança em ti
e está tão perto.
Deixa de lado
este cimento,
esta aspereza,
dos desenganos
n'água pura
dos puros anos
de toda infância.
Dai olhos e ouvidos,
demais sentidos,
para essa criança
que se afogou
no lodo adulto
em que chafurdou.
Procuras a água
que se exauriu
secando ao sol
do não matar
a sede e a fome
dos humilhados
pobres de tudo,
dos desamparados.
Felicidade
é ser alado,
xucro, indomado
a espera e alcance
dessa vontade
de luta sadia
que se garante
na fé e na força
do todo antes,
da fantasia.
Aprenda um pouco
com este louco
p'rá se vestir
de alegoria,
p'rá se descobrir
sendo infinito
resto de estrada
rumo ao jamais
p'rá nunca mais
ser nunca mais!
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