quinta-feira, 30 de junho de 2016

MISTÉRIOS, BANDIDOS!


Sem me dar conta, ou fazer sentido
vou recriando mistérios bandidos
e, vez que outra, meus olhos castanhos
queimam etapas, contam rebanhos.

Agora aponta, de novo, outro inverno
como um pedaço do sempre, do eterno,
de um ir e vir nem assim tão estranho,
por sobre navalhas de um medo tamanho.

O que fazer com esse quase tudo tido
que me arrebata ainda que me tenha ferido
e traz ao futuro, além de minhas crenças,
toda descrença de um ser despossuído?...

Pouco me vale te saber distante,
pouco resolve ter-te tido toda, antes,
se o que passou não volta, está perdido
nas franjas de meus mistérios bandidos!