sexta-feira, 8 de novembro de 2019

BUQUÊS


Distraído, olhava o mapa do Brasil e o comparava
A um buquê de flores, de rosas mais precisamente,
Dessa bela visão que, mais que tanto, me encantava
Senti o perfume, sorvi o mel, desenfreadamente.

Da análise da obra de arte, o ramalhete desenhado,
Sem dificuldades encontrei na base, a empunhadura
Desse fiel esteio de força, segurança, meu Estado
Nascente gaúcha, brio, brasilidade e toda bravura.

Integrante da arte posta no mapa e réplica menor,
O belo "buquezinho", certamente de flor de maricá
Que em fevereiro anuncia inverno ao derredor,
De frio fraco, mediano ou outro que enregelará.

Tendo sido auxiliada pelo homem, a natureza,
No desenho dos mapas do Brasil e do gaúcho,
Como se desde sempre escrito e com certeza,
Ofertou-nos dois buquês de flores, um luxo!

É claro, o Brasil, nem mesmo seu povo, é perfeito,
Supera entanto os macetes, diferenças, sem alarde
Passa por cima do idiotismo de fanáticos trejeitos,
Do malcheiroso ódio ao ralo sujo do já se vai tarde.

Pouco ou nada importam esses idiotas, garatujas,
Liberto da corrupção o Brasil, sem macunaímas,
Em paz, haverá de enterrar no lixo a roupa suja
E os sujos todos à cadeia, limpando suas latrinas...