quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

GARATUJAS

Manhã de calor, sol intenso, céu límpido / Pintado de garatujas brancas, muito brilho, / Que trazem à memória aquelas, do olimpo / Da infância de crianças, dos meus filhos / Pintando paredes da casa e fugindo / Para o abrigo do pai, com a mãe rugindo. // Agora, nesta quadra da existência às repenso, / Minha memória, nem tão manhã ou sol intenso, / Nem tão céu, pintada de garatujas acumuladas / Nem tão brancas, já sem brilho, repousadas / Na parede do passado onde busco meu refúgio / Na contramão do ontem, no abrigo dos meus filhos.