DESALINHO
Ei-la parada, à frente de insensível estrada
Reta, bem além do adiantado lume,
Enquanto isso a luz cede seu brilho,
Por sobre os sinuosos trilhos dos ciúmes
E quimeras, mais do que tuas ou das feras,
Vestindo os flocos multicoloridos
De pães, de circos e do meu abrigo
Buscados em outros sonhos, não vividos.
Ei-la, de novo, em sua mão joia vertida
De íngremes espaços não imaginados
Faz-se presente, sendo presente do passado
Dando mais que a vida à vida, minha vida
Ressuscitada em caminhos e destinos
Guardados em meus próprios desatinos
E nos meus sonhos, até agora, a força vã
Que me impele, sempre, ao teu amanhã.
Nenhum comentário:
Postar um comentário