segunda-feira, 1 de junho de 2020

OUTRA DO MOLEQUE- VIAGENS COM O PAI


Então se deu que o pai do Moleque foi encarregado de complementar negociação referente a aquisição de uma cadeira de barbearia para o salão e com tal objetivo viajaria para Porto Alegre e, aproveitando a oportunidade, resolveu levá-lo consigo, como prêmio pelo fato do mesmo ter passado no exame de Admissão ao Ginásio no glorioso e respeitável educandário, Colégio Estadual Dom Hermeto, escola pública dos níveis ginasial (1ª à 4ª Série), e Médio (1ª ao 3º Ano, do Científico ou Clássico e que era uma das únicas escolas públicas desse nível de ensino em Uruguaiana; a outra, sua vizinha de pátio e quarteirão era a Escola Normal Iris Ferrari Valls, cujas alunas eram chamadas de Normalistas, formava professoras destinadas a lecionar no Curso Primário (1º ao 5º Ano) que antecedia ao Ginásio.

O Moleque ficou radiante pela decisão do pai que, até para tornar a viagem mais extensa e agradável, aumentou o tempo de permanência na Capital eis que nela deveria chegar na sexta-feira pela manhã e resolveria sua missão ainda naquele dia, porém voltaria apenas na segunda-feira, à noite. Para o Moleque aquela deveria ser a viagem que o marcaria para sempre, como três outras, anteriores, feitas com o pai e que ora se permite abrir parênteses para, rapidamente contá-las:

A primeira viagem do Moleque com o pai foi visitar seus avós e familiares paternos na vizinha cidade de Itaqui, terra natal dele (fronteira com Alvear, Argentina), em cujo porto o pai dele, nono Emílio, leu na proa de um navio o nome tupi-guarani, Itagiba, cuja sonoridade, inédita para ele, o seduziu a ponto de batizar seu primeiro filho com ele. Orgulhoso disso e para não ficar sozinho na parada o pai do Moleque, depois de homenagear os avôs paterno e materno pondo seus nomes no filho primogênito (Emílio Elder), se auto homenageou transferindo dito nome ao Moleque; ocorre que a mãe propôs fosse colocado também o nome de São José, antes do nome indígena. Vejam como são as coisas, chegada a hora, por vaidade, o pai colocou seu nome em destaque, à frente de José e, sem querer acredita-se, formou, com o nome e o sobrenome, um verso alexandrino perfeito (*) , como aquele formado pelos nome e sobrenome de um dos maiores, senão o maior poeta brasileiro, Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac, o que não ocorreria tivesse obedecido a ordem proposta pela mãe do Moleque, porquanto nos versos, sucintamente, ao encontro das vogais conta-se apenas uma sílaba (no caso, e+i formaria uma silaba e os nome, sobrenome do Moleque, na contagem, resultaria em onze e não doze silabas como se caracterizam e por isso são assim chamados os versos alexandrinos).

Em Itaqui, além da beleza e placidez da cidade, chama a atenção o portentoso Teatro Prezewodowski (nome difícil de guardar ou pronunciar) joia arquitetônica de beleza e magnitude incomum localizado bem no centro da cidade, atração turística atestando o poder econômico e cultural da região. Na casa dos nonos Anita e Emílio, como fazia a irmã de seu pai e residente em Uruguaiana, Tia Ulda, o Moleque foi abraçado, beijado, mimado,inclusive pelos tios José, Antenor e Mosa que, posteriormente se casaria com um argentino e iria morar em Monte Caseros, Argentina, na segunda viagem feita pela dupla pai e filho. Nessa ocasião, informada do poder destrutivo e desaforado da boca do Moleque a tia, de brincadeira e piscando os olhos para o irmão, disse que gostaria de preparar um “chouriço” (comida típica da região) e para tanto queria que o Moleque fosse na “bodega” da esquina, que era uma piçaria, trazer-lhe a p... mais grossa que encontrasse, para o preparo... Espantado, o Moleque se recusou a buscar a encomenda, decepcionado com a tia por ela ter se envolvido com aquele argentino “bagaceira” que não devia ser grande coisa pois ensinara a tia dizer aquele palavrão e, até, comê-lo, cruzes! Todos, inclusive o tio argentino explodiram em gargalhadas, deixando o Moleque pasmo, sem entender nada até que seu pai desenredou a questão dizendo que a p... nada mais era do que a linguiça brasileira, em espanhol...

A terceira viagem ocorreu em comemoração ao Dia do Barbeiro em conclave e banquete oferecido pela Associação de Alegrete, na cidade de igual nome, costela da qual saíra Uruguaiana, em decorrência do Posto Fiscal Santana Velha ponto avançado ao oeste, origem da aldeia posteriormente deslocada mais ainda, ao oeste, depois distrito, elevada a Vila e, finalmente, a cidade, banhada pelo rio-mar Uruguai, tendo como padroeira Santa Ana, avó de Jesus Cristo, Mãe da Virgem Maria e que, por obra, graça e maravilhosa inspiração de seu fundador, o mineiro Domingos José de Almeida, foi batizada Uruguaiana (**) pela junção dos reverenciados e supra citados nomes.

Em Alegrete, que é o que interessa ao assunto em pauta, conheceu a guaraná, das marcas Brahma e Antártica, ambas à época donas do mercado atinente; ele já a vira na Confeitaria Campana, no centro de Uruguaiana que frequentou algumas vezes após a missa “dos preguiçosos” na Catedral de Santa Ana, das 11:00H porque não era lá essas coisas como madrugador, só não provara a tal de Guaraná e, por isso, mal sabia quanto ela era gostosa e, quase integrante da categoria desde que era engraxate de barbearia, tendo-a à mão cheia, grátis tomou tudo que deu e o que não deu, enfim, um porre amazônico daquele líquido da cor do ouro, do que momentaneamente ficara intermediário indo e vindo ao banheiro tantas vezes quantos copos tomara. Foi uma festança sem fim, com churrasco gordo como gostava, bem gordo, regado a toneladas de guaraná... Melhor que isso ... só isso!

Voltemos à origem deste continho dando andamento a viagem à Capital não sem antes dizer que a demora de nosso retorno a ela, também se deve ao tempo que a Maria Fumaça levava para se preparar e partir em trânsito tipo pinga-pinga, com paradas, desembarques, “baldeação”, em Santa Maria, até chegar em Porto Alegre, vinte e quatro horas distante (este continho com ou sem “baldeação” não vai durar tanto tempo para ser lido).

O Moleque se perguntava como seria o céu em Porto Alegre, as ruas, diziam-na muito grande, seria que seria, bonita mais que Uruguaiana, duvidava fosse: até havia seresteiros ditos “viajados” como o ritmista Charanga que ao se referir ao tamanho dos edifícios levantava o olhar e as sobrancelhas, abrindo a boca, ou bocão enorme que era, em mistura de espanto e convencimento... nada podia ser maior que o esperado, mas para ele foi maior, muito maior ...
Começando pela viagem em si, passando pelas estações de Pindaí Mirim e Plano Alto, dentre outros, distritos de Uruguaiana, por Alegrete, depois por Cacequi (frenético mercado de produtos artesanais como o “Pinguelim” espécie de mini relho de couro cru com cabo ornado de arabescos ou fitas de plástico, crochê ou tecido e a misteriosa passagem – ou túnel – subterrâneo, única forma de se alcançar à rua); logo adiante Dilermando de Aguiar, então distrito de São Gabriel ou Santa Maria, onde à chegada do trem, a gare ficava repleta de vendedores ambulantes, em sua maioria, vendendo peixe frito quentinho ao preço de um cruzeiro (Cr$ 1,00) ou um pila, a fatia. Dali, a chegada em Santa Maria “da boca do monte”, “cidade universitária” ou “coração do Rio Grande”, para que se efetuasse a “baldeação” – troca de locomotiva, vagões e bagagens – procedimento que demandava duas ou três horas, o que dava tempo para esticar as pernas, subir pela Rio Branco e dar uma voltinha pela Dr. Bozzano, ruas centrais de Santa Maria e voltar à gare para seguir viagem, passando por Restinga Seca, Canoas e, finalmente, chegar a Porto Alegre, com a última parada na Estação Diretor Pestana bem à frente do Aeroporto Salgado Filho ou no monumento do Laçador, ao final da Av. Farrapos, início da BR 116, dali indo então ao ponto final do percurso, a gare da Estação Central, no encontro das Ruas Voluntários da Pátria e da Conceição. Mais de vinte e quatro horas de viagem de trem, ufa!

Daí em diante, da movimentação intensa deu-se a perplexidade ao atravessar a cidade e aportar na Venâncio Aires, cerca de cem metros da João Pessoa e igual distância, aos fundos, da Praça da Redenção, na Pensão do casal Heimboldt, onde ambos se instalaram. Logo em frente passou um Bonde cambaleando por sobre trilhos fixados à Venâncio rumo ao Menino Deus; o encanto dessa visão não foi quebrado nem mesmo quando o Moleque nele ingressou pela primeira vez, no mesmo dia e, em grande aventura, partiu rumo ao infinito do logo adiante chamado Praça José Garibaldi; ida e volta sacolejando no Bonde Gaiola (não era não “Num Bonde Chamado Desejo” – peça teatral do dramaturgo Tenessee William, mas como quase toda primeira vez, foi muito bom). Depois disso, fez um solitário passeio, a pé agora e não podia ser diferente, até o Zoológico da Praça da Redenção, distante quase dois quilômetros da Pensão, do Arco do Triunfo e Colégio Militar, ambos na José Bonifácio; no zoo viu macacos, cobras e outros animais, inclusive araras bem parecidas àquelas do zoo da Praça Barão do Rio Branco em Uruguaiana; foi ao lago onde andou num barquinho em formato de cisne, divertindo-se sozinho, todavia atendendo criteriosas ordens do pai para tomar cuidado e não se perder enquanto ele tratava, com terceiros, dos assuntos relacionados ao objeto da viagem.

Na manhã de sábado, agora com o pai, foi ao centro, aumentando seu quase torcicolo de tanto olhar edifícios de baixo para cima, guardando o nome de um, quem sabe o maior da época, o Sulacap na Borges de Medeiros; nunca vira tantos edifícios juntos, em Uruguaiana conhecia apenas um que assim chamavam só que era uma casa em cima de outra e deu. Também ficou impressionado com o Viaduto Otávio Rocha que como uma ponte, seca, passava por cima da Borges de Medeiros e mesmo com intenso tráfego, até caminhão passava ali, não caía. Encantou-se com a Rua da Praia (cadê a dita) que só muito tempo depois veio a saber seu nome real, Dos Andradas, e que com a Borges formava um cruzamento famoso chamado Esquina de Porto Alegre, com intenso movimento de pessoa e de carros, sacrificado pelo infeliz banimento do automóvel, como o próprio Centro Histórico à noite entregue às moscas ou, pior, aos marginais.

No domingo pai e filho foram levados pelo irmão da mãe do Moleque, Jureldi ou melhor Táboa como sempre foi chamado pelos amigos e parentes, que morava na Av. Teresópolis, no bairro de mesmo nome, para lá almoçarem com sua esposa Iolanda, a amada filha Teresinha Jacqueline e com uma visita muito querida por todos e pelo Moleque também de nome Iolanda que estava separada do tio Jurelni, o Ni para os familiares e era vizinha do Jureldi, o nosso Táboa. Por incrível que possa parecer, Ni e principalmente sua ex-mulher Landa (amada mãe de Jorge, Julcema, Naira e Lenine), foram, junto com a Tia Eustáquia, às únicas pessoas que o Moleque chamou de “tios” embora amasse por igual a todos os tios.

Outra novidade esperava o Moleque, a salada que lhe foi apresentada se chamava maionese e ele nunca tinha comido nada igual, pelo menos em termos de saladas. Guloso como era e com o aval e concessão de todos comeu até não aguentar mais. Táboa era um grande e requisitado jogador de futebol, considerado como o melhor ponta-esquerda que pisara o Passo d’Areia eis que atuava pelo Zivi-Hércules, fabrica de talhares, no renhido e disputadíssimo campeonato do SESI, recebendo “grana” para jogar por outros clubes em campeonatos e torneios diversos, às vezes jogando aos sábados e também domingos. Depois do Zivi, Táboa foi contratado para trabalhar e jogar nas Forjas Taurus onde permaneceu por dez ou mais anos tendo sido campeão de Porto Alegre e vice do Estado, empresa para qual, anos depois levaria o Moleque, no auge de seus quinze ou dezesseis anos.

Após o almoço Táboa tinha assumido compromisso de jogar pelo Veronezzi, em Canoas, e convidou o Moleque para ir junto; lá chegando, o campo era no Bairro Harmonia, Táboa deu cinco cruzeiros ou pilas (Cr$ 5,00) para o Moleque gastar no que lhe aprouvesse, enquanto ele jogava bola. Lá pelos quinze ou vinte minutos do primeiro tempo passou um guri vendendo bananas, fruta que o Moleque gostava muito de comer, especialmente àquela destinadas à Argentina e que ficavam expostas quase ao descuido por entre frestas abertas à ventilação nos vagões, à espera da troca dos rodados, já que a bitola dos trilhos da Argentina era bem mais larga do que a brasileira (***).

Dá-me meia dúzia de bananas ao que o guri vendedor respondeu que não era por unidade e sim por quilo que vendia; então me dá quantos quilos posso comprar com cinco pilas. Deu treze bananas que o moleque, enquanto transcorria o jogo, sem nenhuma pressa foi comendo... boas bananas, docinhas... À noite voltando à casa de Táboa, perguntou se ainda tinha aquela salada. Sim tinha, mas ambas as queridas Landas se opuseram a servi-lo informando do perigo porque feita pela manhã, para o almoço, poderia gerar problemas digestivos, além disso, por falta de refrigerador tinha sido guardada no armário (ninguém, nem mesmo o Táboa, sabia das treze bananas). A gula ah, a gula como todos pecados em especial os capitais tira o senso e faz o pecador perder a cabeça; e não deu outra, cheira daqui, cheira dali, deu-se a maionese como em condições de ser comida e o Moleque a comeu.

Pai e filho foram levados à Pensão, despedindo-se o Moleque desses queridos tios, mesmo àqueles que já realizaram a viagem marcada para todos nós desde o nascimento, como a querida Tia Landa, do Morro da Pedreira, como era identificada para diferenciá-la da outra Tia Landa, tão querida quanto, pelo Moleque. Pela altura da uma ou duas horas, em meio a desconhecidos, exceto seu pai, o Moleque se acordou com uma incontinência jamais sentida, em turbilhão desconexo e desgovernado parece que tudo que havia comido naquele dia queria e veio num supetão, tudo saindo de suas entranhas, num mesmo momento, tudo cólica, tudo vômito, ou vice-versa, a ordem não importava pois era tudo concomitante e desarranjado. Em poucos segundos ficou tão fraco que até a vergonha se escafedeu. Acudido não só pelos anjos donos da Pensão, pelos outros que sempre estão de plantão como o Da Guarda, por Nossa Senhora, pela Divina Providência, por Jesus Cristo e todos Santos, escapou dessa, vivo. Sem confirmação médica, que não foi levado para atendimento, disseram “entendidos” que ele teve forte ameaço de congestão ou uma congestão.

De tudo isso, da fraqueza abissal que tomou conta de seu corpo franzino, lembra-se apenas que como remédio lhe foi dado dois ou três comprimidos de Veramon, dito próprio para combater febre ou resfriado ... Aquela interminável noite de segunda para terça-feira continuou como se perene fosse durante todo tempo, infinito, passando pela ida a pé da Pensão à Estação Ferroviária, pelo centro feéricamente iluminado, das alucinações, animações em 3D, vertigens saídas de surtos de precoce labirintite geometricamente multiplicada, na viagem de volta cujas lembranças, se existiram nem foram marcas ou o tempo apagou!

Creiam, entretanto, tudo isso valeu a pena, como mais ou menos versejou o grande poeta português Fernando Pessoa “tudo vale a pena, se a vida não é pequena” ou, em complementação do continho, do poeta mais próximo e nem tão distante na maravilha de seu poetar, o nosso também grande Jaime Caetano Braum no “Bocincho”: “E a China? Nunca mais vi ... tudo isso faz parte do meus passado...”!

GLOSSÁRIO

(*) Verso, s.m. Reunião de palavras sujeitas em número e cadência à certas regras fixas; cada uma das linhas que formam uma composição poética; ... verso alexandrino o que tem doze sílabas ... (Dicionário Brasileiro Zero Hora, 1984). DIZ-SE VERSO ALEXANDRINO PERFEITO àquele cujas primeiras seis sílabas podem se separar das outras seis com ambas mantendo significado individual e independentes entre si, todavia quando complementares adquirem significado único relacionado ao individual de cada conjunto. Exemplificando, é o caso do citado Olavo Brás Martins (composição = 6 sílabas) dos Guimarães Bilac (composição = 6 sílabas)\| total = 12 sílabas. (NA)

(**) “... Decreto do então Presidente da República Riograndense, Bento Gonçalves da Silva, 24 de fevereiro de 1843, referendado pelo Ministro Domingos José de Almeida ... A capelinha construída na margem do Uruguai foi a origem da cidade erigida em homenagem a Nossa Senhora de Santana e cujo nome foi lembrado por Domingos José de Almeida, fundador e benfeitor da povoação ... 18 de novembro de 1841 transporte dos moradores que se haviam instalado no posto fiscal de Santa Velha, para o local escolhido para a nova povoação ... 18 de março de 1846 foi Uruguaiana elevada a categoria de sede de um novo município e desmembrado seu território do de Alegrete ... Lei Provincial de 29 de maio de 1846 ... elevada a categoria de Vila ... Em 1865, antes mesmo que adquirisse as prerrogativas de cidade foi invadida pelo exército paraguaio, que a reduziu a ruínas ... 05 de agosto de 1865, rendição paraguaia, voltando a Vila de Uruguaiana a ser ocupada por seus habitantes ... e a garantia que lhes deu o Imperador Dom Pedro II, colocando-a sob a guarda de três corpos do exército ... lei provincial de 06 de abril de 1874 foi Uruguaiana elevada a categoria de cidade ... (“URUGUAIANA – Seu Passado, Seu Futuro”, de Octávio Lago, Ed. La Salle, Canoas, RS, 1969”).

(***) O grande Irineu Evangelista de Souza, um dos maiores gaúchos, conhecido como Barão e depois Visconde de Mauá foi de vital importância no trato e negociações com os ingleses ao tempo da Rainha vitória, a ponto de a Inglaterra ter débitos para com o Brasil, inclusive tendo criados Bancos em Londres e em Montevideo. Afastado por intrigas palacianas (nenhuma novidade!!!) foi substituído por outros que em pouco tempo dilapidaram as reservas brasileiras, transformando o crédito junto aos ingleses em dívida externa brasileira (de novo, nenhuma novidade!!!). Na troca de trilhos da malha ferroviária inglesa foi alargada a bitola e o lixo dos ferros substituídos negociados adivinhem, com o Brasil que os adquiriu a preço superfaturado... Na Argentina, entanto, nada disso ocorreu e a bitola de sua malha ferroviária ficou idêntica à inglesa e, claro mais larga que a do Brasil, por isso a troca de “rodado” na fronteira. A grande maioria de nossos políticos e dirigentes, desde Pero Vaz de Caminha sabem muito bem negociar em seu favor pessoal mesmo que isso seja vergonhoso, imoral e a história esteja aí para demonstrar e lastimar as falcatruas. Quem porém com isso se preocupa se nosso povo, dócil povo, é tão pobre, tão cego e, parece, dorme o sono dos anjos ou no berço da ignorância. (NA)

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