sábado, 21 de março de 2020

CORONAVÍRUS, SOBRENOME COVID-19


Diante da gravidade deste momento, originária da doença que abala o mundo em declarada e reconhecida pandemia, obrigando todos a procedimentos individuais voltados à contenção da expansão do vírus que grassa, contamina e assusta desde a China, reproduzimos o que publicamos nas redes sociais a respeito:

Reflito sobre estes tempos de aflição que vivemos, enquanto o outono chega célere expulsando o verão e ao piscarmos já estaremos no inverno aumentando o perigo da pandemia que vivenciamos, através de um vírus que se propaga e mais parece propaganda de chuveiro ou “ducha”, o tal de “Coronavírus” ou “Covid-19”, com o qual não devemos nos descuidar ainda que para não perder o embalo possamos, como o fizemos, brincar com o seu nome ou apelido. Sobre tal questão de seriedade absoluta eis que atinge a saúde mundial, tem-se que, na observação de amadores, a cada século ou quase um século de distância entre uma ocorrência e outra, diversas pestes assolam ao mundo todo, não respeitando se rico ou pobre, classe social, cor, gênero, raça, nada, atingindo a todos os povos de forma igual.

Assim vivenciamos a “peste negra” na época medieval, as gripes “espanhola” e aviária (esta, apelidada de “gripe do frango”) em épocas mais próximas, epidemias de doenças graves e contagiosas que fulminaram, mataram milhões de seres humanos, que por terem ocorridos, a maioria, em períodos de precário conhecimento científico, foram e/ou se tornaram muito mais letais e, todas, com incrível, grandiosa, capacidade de contágio e velocidade de expansão.

Enquanto isso, devido ao avanço científico da humanidade, graças aos estudos e esforços de milhares de sábios cientistas, pesquisadores, houve diminuição nos efeitos devastadores delas decorrentes. Nem faz muito tempo assim, já adentrados neste século XXI, tivemos algumas pestes controladas em seus efeitos letais e de propagação amenizados, como a “Sars” e a “gripe do empate”, de novo desculpem-me a blague, a famosa “H1N1”; também tivemos na África, quem sabe por desconsideração, morosidade e até, quem sabe, um tanto quanto desidiosa atuação da própria ONU, o terrível “Ebola”; porém, não se pode dizer o mesmo quanto a Sida, sigla em português da Aids, cujos esforços científicos se ainda não resultaram em vacina, alcançaram farmacologia portentosa e de alta precisão diminuindo seus efeitos, até de contágio, e, recentemente, sua cura completa em (in)felizes portadores.

Ao tempo de infância do moleque, entretanto, paulatinamente as doenças epidêmicas foram sendo controladas mediante a vacinação, como “varíola”, “tuberculose” (que vitimou expoentes da literatura então seguidores e ativos escritores da escola romântica, como Bocage, por exemplo), “sarampo”, “crupe”, “tifo”, “caxumba”, “paralisia infantil”, “febre amarela” e outra tantas, as quais, praticamente e durante largo período, foram consideradas extintas e, de tempos em tempos, voltam dar as caras em nosso País quem sabe até porque tenhamos “baixado a guarda” pela ausência das mesmas ou nem isso desde que se sabe do alto poder de regeneração e absorção de vírus e bactérias que, após quase extintos, aumentam consideravelmente tais condições no enfrentamento aos remédios que pouco antes os derrotaram.

Veja-se o exemplo da penicilina descoberta em 1929, quase por acaso pelo cientista inglês Alexander Fleming que, acometido de gripe muito forte analisava, pesquisava, fungos e ao retirar a lâmina que fora submetida ao microscópico, sobre a mesma caiu uma lágrima e, curioso como todo cientista é, recolocou dita lâmina no microscópio para analisar a reação dos fungos com relação ao vírus da gripe. Eureka! deu-se a descoberta da penicilina que salvou milhões de seres humanos desde então, sabendo-se que na primeira guerra mundial morreram mais pessoas por gangrena do que por ferimentos de balas e outros projéteis; aliás dos corpos insepultos dessa Primeira Guerra que terminou em 1918, originou-se a peste chamada Gripe Espanhola* que matou milhões de pessoas no mundo todo.

Por isso tudo que devemos seguir os ensinamentos e orientações dos dirigentes que estão à testa dos órgãos governamentais, operadores e sábios voltados à saúde do nosso País obrando no atendimento das diretrizes dadas para, junto com todos, expulsarmos o tal “coronavírus” de nossas vidas e preocupações voltando em pouco tempo a desfrutar das condições normais que nos une e, especialmente, nos seres próximos objetos de nosso afeto e carinho, efetuarmos os apertos de mãos, beijos, abraços e demais demonstrações concernentes e ora estocados, eis que estamos impedidos de fazê-lo visando evitar a propagação desse vírus, em atendimento às claras e precisas determinações vigentes.

Saliente-se que, na oratória e atitude otimista que pensamos praticar, esperamos que a reclusão compulsória de todos para dentro de seus lares e de si próprio, possa significar o retorno da nossa mais abrangente qualidade, a de meramente ser, deixando de lado o credo despudorado e egoísta do ter, disso resultando de fato e do que nos é dado ou imposto ora vivenciar, a concreta, efetiva possibilidade de cura da falta de solidariedade, comiseração, ternura, amor e perdão, pandemia letal que, infelizmente, professamos e dela poderemos nos curar, basta que todos os “doentes” assim o queiram! Todos à luta contra o coronavírus e, para aqueles que têm mais do que lhes é necessário que realizem filantropia distribuindo ao menos às sobras com os necessitados, auxiliando-os como aos irmãos que todos somos.

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