quarta-feira, 8 de maio de 2013

FALÁCIA


Prender o inconstante
de todos os meus instantes
na carne que germina
o etéreo que ilumina
meu espaço sideral.
Partir do antes do zero
para explodir o meu quero
no rumo da surpresa
sem mais ser a represa
da magia sem real.
Transitar nestes passos
de todos os abraços,
de todas as dimensões,
rebatendo as tensões
do não e do anormal,
badalar todos os sinos
voltando a ser menino
sem pompa, sem alarde
e descobrir o tarde
em algum ponto final.
Correr, voar, liberto
dos certos ou do incertos,
sem regras ou artimanhas,
sem mar, céu ou montanha
sem formar ou ser total.
Partidas e chegadas,
rua, degrau ou escada,
o muito e o somenos
do aceno obsceno
do sinuoso espiral
dos olhos e da vertente
de saber-se e ser gente
infinita e material,
movendo-se no impossível
do tudo quanto possível,
da aurora e o arrebol
refulgindo-se de sol,
o bem vencendo o mal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário