domingo, 19 de maio de 2013

UM SOM QUE CHEGA DO ONTEM


Entoava uma música, nem bem conhecida,
falava da vida, não esta de agora,
de um tempo perdido jogado p'rá fora
do tempo sem tempo, medida ou saída.
E o cicio me chegava rebatendo o vazio
do rio de lembranças já quase apagadas
como brasa jogada na carne ferida
rebentando amarras qual vaga indomada.

Chegava-me a música algo diluída,
dolorida, estrelada, na noite instalada
no abandono, no espinho, nas queixas
no sonho desfeito, no vazio temerário
caído da gente, dele perdulários...
De lá,eu criança, sem medo, assim
remontando peças do quebra-cabeça
de antigas histórias de ti e de mim...

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