domingo, 19 de maio de 2013

TÊMPERA FARRAPA


Quantos sonhos confiscados
pela ambição cretina
quanto, jazem abandonados
n'um limbo que chamam sina.

Desacreditar na vida,
nos caminhos da esperança,
ver a terra ressequida
no desterro da lembrança.

Já vergaram o teu corpo,
descalçaram as tuas botas
esfarraparam o teu poncho,
tuas bombachas, tuas costas...

Continente, não és ilha
que se encilha de aluvião
não esqueças, és farroupilha,
têmpera de redomão.

É preciso, de verdade
suar justiça e direito
trabalhar na liberdade
de ser da ação o sujeito.

É preciso crer de novo
no valor do que se faz
com o amor, parte do povo,
vestido de guerra e paz!

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