domingo, 19 de maio de 2013

PELEIA


Dos horizontes que andei, das brigas que me meti,
das sovas que apanhei, das guerras que já venci,
surgiu o homem que sou na vida que sempre canto,
que retempera acalantos dos momentos que passou.
Às vezes acabrunhado pelos tapas, pela inhapa,
troco vil de vil cachaça, pareço estar derrotado
mas, se o tirambaço me apeia levanto-me, sou teimoso,
sacudo o pó orgulhoso, enfrento em pé a peleia.
E, assim, brigo pela vida sem entrega ou destempero
antes sendo uno, inteiro, do que metade perdida
pois p'rá cada desespero sobra esperança vertida.
De peito aberto me exponho sem medo e sem fugir
de mim o melhor eu ponho, no pensar e no agir
e se acaso eu erro ou o pior é o resultado
não me desgasto em berros, murros ou "pobres coitados"
pois entendo, sou humano e como tal tudo é incerto
nem sempre o melhor dos planos é aquele que dará certo
não importa, sem remorso, dou tudo e mais um pouco,
para tanto me esforço no amor e respeito aos outros.

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