sábado, 14 de março de 2015

CINZAS

Nos confins desse desate, calmaria, desempate, para a nau no quanto baste.
É chegado o entardecer...
Luz de vela, tremulante, já não há seguir adiante, nem retorno ou pode ser.
Falsa calma reprimida toma conta, entorpece, fecha os olhos, faz-se prece,
n’uma dor quase suicida... Esquecer, prostrar-se em nada,
não existem madrugadas, nem há mais alvorecer...
A contagem regressiva atropela o recomeço neste ser que se completa
pelo avesso dos sonhos, metáforas e limo das metas, por onde derrapa a vida...
Como enfim, disse o poeta, se há um barco ancorado nas águas do improviso,

navegá-lo é preciso, desde o sempre até o fim...

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