sábado, 29 de junho de 2013

À ESPERA DO AMANHÃ


Na fria e úmida manhã porto-alegrense
os edifícios são sombras sob o nevoeiro
como meus sonhos no junho outonense
onde o inverno se anuncia por inteiro.
A vida vai passando assim, úmida e fria,
a noite se estende bem além do horizonte
no buraco negro onde a luz perde o dia.
Em meus ombros a cruz curva-me a fronte...
Ah, primavera com seus ventos de esperança
o renascer, o rebrotar de forças e da vida,
por onde andas, quando virás, minha criança,
brincar em mim, ventar em mim sem despedida.

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