domingo, 2 de junho de 2013

NO OLHO DO FURACÃO


Eo vento rodou na esquina virando páginas,
revirando rimas... E branco se fez o verso
no olho do furacão, mais que universo
E enquanto o agora lhe trazia o ontem
sem repassá-lo ou feri-lo de mais adiante
o enfrentamento da realidade prostrou os sonhos
e tudo virou saudade, muita saudade.
Tantos dias que somaram anos,
todas as perdas, o quase tido brigou comigo
nestes segundos de ventania...
Outras trajetórias, altos e baixos
naqueles braços, naquela história
que abraça noites sem viver dias
na dança louca do tudo ido...
E este agora que passa ao largo
jamais notado, jamais sentido,
cobra o preço da indiferença
e querer retê-lo é travo amargo
esfola a alma, no desenlace
onde passeou nossa descrença.

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