sábado, 29 de junho de 2013

E TUDO MAIS SE VAI


Em vôo rasante a águia apanhou sua presa
e na torturante surpresa a presa desatinada
passou sua vida a limpo, mais que isso
diante disso, da morte que a sorte lhe reservara
(ou azar, qual o norte), viu-se só em seu destino
no desfecho de seu nada, a presa coitada...
A águia, por sua vez, caçadora sem piedade
que à vítima rapinara e nas garras a apertava
seguiu rumo ao ninho matar a fome da ninhada.
A natureza é assim, boa ou má, vazia ou cheia,
dando o mel ou a ferroada, própolis ou a colmeia,
e como tudo, depende a ocasião e/ou protagonista
vida e morte, no recheio os perigos aos artistas.
No percurso, da águia, da presa, da espécie,
nasce, cresce, a vida segue seu curso, fenece
e o novo empurra o ontem para o infinito jamais
que a tudo mais e muito mais, se vai... e esquece.

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