sábado, 29 de junho de 2013

NENHUM POR NÓS


Flutuo em tua praia
sabendo-me sozinho
e só em mim desmaia
o escuro do caminho.
Na luz desse dia
que o sonho anuncia
navego, me entrego...
Tu, na mesma praia,
muito mais sozinha,
d'outras madrugadas
feres de espinhos
às flores anunciadas
que não formam ninho.
E a noite do enfim sós
aborta o dia não nascido
e no escuro da indiferença
jazem corações e crenças
e em nós e em cada um
morre o plural jamais vivido
do pelo nós, nenhum...

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