sábado, 13 de março de 2010

Depressão

Na compilação destes dados tresloucados
Amargas horas que me tragam e esmagam
Não vejo ninguém comigo e desacompanhado
Inclusive do meu próprio ego ou mistério, sigo,
Sentindo meu sol se por em horizontes etéreos.
E do zênite deste universo torto, avesso, raso,
Não escapo ou fujo ao meu ocaso... nem reajo!
E como mosca presa à teia da viúva negra
Desando na agonia deste agora antropofágico.
N'um esgar quase trágico mordo a isca da ironia
No paradoxo de estar vivo e sem vida, um nada!
Sou muito mais do que estou agora à revelia...
Preciso crer que deste escuro virá a alvorada
Como em outras vêzes me condenando ao dia!...

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