O Itinha que eu tinha
hoje não tenho mais,
perdi-o nos labirintos
do mundo civilizado.
Presumo que o Itinha
afogou-se na vergonha
de ter-me alterado tanto
e mudado como cera
ao toque do cotidiano,
desaguando em tantos vícios
com status de adulto.
Por que é que não retive
o Itinha que ainda vive
no menino que eu fui?
O Itinha que eu tinha
hoje eu tenho na lembrança.
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