sexta-feira, 12 de março de 2010

Stress

Correu célere em busca do amanhã
na doida certeza que o alcançaria.
Sem tempo a perder e tudo a fazer
preocupou-se e ganhou uma úlcera.
Fechou-se em si mesmo dobrando o ritmo,
cultivando a volúpia do poder.

Duro foi despertar sem identidade
naquele hospital que desconhecia.
Um corpo cansado, uma mente abalada.
Um nada ao quadrado!
Enquanto corria rumo ao amanhã
não se deixava viver o presente
nem ser ou fazer alguém feliz.

Recuperado, não buscou o amanhã antecipado
e viveu em cada segundo sua eternidade
compreendendo que a vida ou a felicidade
é o instante que fica, embora passado
é o instante que passa, embora presente
é o instante que vem pelo inesperado.

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