sábado, 13 de março de 2010

Presença

Um tudo que se foi no tudo que não veio...
Agora e sempre estou lembrando de ti e de mim
Por tudo que fostes e és em mim e fui e sou em ti
Pelo que poderiamos ter sido ao fim e ao meio...
Lembro-te pela fantasia do menino desde o início
Tu um anjo, cabelos claros, naquela alameda
À sombra dela o maior de todos nossos beijos
A inocência de nossos abraços, gestos e afetos,
Os nossos sonhos, receios, nossa tarde leda.
Dos teus olhos de sol graça e carinho se espargiam
Neles tua suavidade, paz, cumplicidade, reluziam
No imenso sonhos de ficarmos juntos à vida inteira
Que mesmo distantes um do outro foi consumado
Por se manter vivo, presente em nós nosso passado
Que se revigora nos encontros que temos à beira
De nossas próprias vidas e histórias em paralelo
E forma, para todo o sempre o indestrutível elo
Do que um para o outro fomos, somos e seremos.
Mal sabíamos então por qual razão, o destino decerto,
Nos condenaria a ser fonte e luz de outros universos
Sem retirar a doçura daquele amor que ainda temos.

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