sábado, 13 de março de 2010

RELEITURA

Tu que vês e não enxergas
Pensas mas não refletes
Mais se quebra do que verga
Menos é do que parece.
Formas assim falso horizonte
Insustentável e sem prumo
Sem o amanhã que do ontem
Resulta desvendando rumos.
Do tanto vivido antes
Este hoje sem doçura
Realiza, dissonante,
Contra-senso, releitura.

Passam ao largo, vinhetas                      Que se encontram no infinito
N'um concreto apressado                        Nelas, o infinito meu
E no meio fio, na sarjeta,                        Descobre o nós, no seu
Navalhas cortam passados.                     Despido de qualquer mito...
Nem tudo é o que parece                        Sai, chega, vem, vai e volta,
O direito do anzol é torto                        Pelas trilhas desbotadas,
Perder a vida é estar morto                     Expandindo-se em estradas
Na morte tudo se esquece...                    N'um quê de natureza morta
Os trilhos são paralelas                           Que se acende e revigora
Com começo, meio e fim,                       No sim d'alma rejuvenescida
Em verdade, são assim                            N'um sopro que produz vida
com a aparência daquelas                        Com vigor de nova aurora!

Nenhum comentário:

Postar um comentário