sábado, 20 de fevereiro de 2010

ELIPSES

E assim a força centrífuga me atinge e o mundo roda
E a roda sou eu...Em nada sei e penso.

Embora o receio e a curva,
Sigo empurrado e sacudido por sonhos
E o sonho sou...Em tudo sei, o escuro...

E o remoinho dos passantes e certezas
Aderem-se ao menino
E o menino sou, de espirais incertos.

E perplexo, consigo o nada e o tudo
Inventando a vida
E a vida sou, desfolhando cinzas.

E rodo à curva, o tempo corre
E movo o novo do infinito hoje
E o hoje sou, em amanhãs que tenho...

E o mundo meu se chama enigma
E rasga o antes e o depois
E o antes e o depois sou, em mim o espaço
Como tempero de todos os meus tempos
Que este tempo urde
A curva próxima espera-me em seu todo
De recriar mistérios ao menino moço...

Nenhum comentário:

Postar um comentário