sábado, 20 de fevereiro de 2010

Lua cheia

Nem de perto sonhar
mas é noite de lua cheia
e a prata teima em ficar
no espanto da escuridão.

Pende em mim o acalanto que restou
preso em meus braços, entre meus passos
à lua cheia dos teus abraços.

Afago mistérios passeando-os ao léu
em céus que a escuridão desmente,
plenos de luas e estradas curvas
onde, por vezes sóis irrompem diletantes.

Atento, não me visto só de devaneios,
enquanto brilha fora um luar errante,
cá dentro, meu peito esmaga os teus seios.

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