sábado, 20 de fevereiro de 2010

Mulher

E assim te vejo e sinto, carne e sonho
na lascívia do infinito chamado agora
e do fundo de teu olhar, toda a vida
e o desejo encontram a recíproca,
revisitados no canto deste despertar.

Tu mulher agora, bem mais que antes,
ao acordar explodindo em meus braços
não mais ouvirás murmúrios ou queixas
de coisas e risos não feitos
nem o lancinante grito de haver passado.

Ao acordar, o corpo dirá, enfim corpo
e o mundo será, enfim vida!
E nos teus lábios e nos teus olhos
a languidez de se saber enfim mulher
e, em mim, o infinito de ser o homem!

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