Morreu como tanta gente
sem campos de batalha,
sem cama, sem palavras,
no anonimato.
Em troca das flores,
velas ou lágrimas,
comuns diante da morte,
ganhou o aparato policial,
a curiosidade popular
e a manchete do jornal.
Ele que pouco ousara
ter tempo de beijar os seus
beijou o asfalto à cem por hora.
Morreu como tanta gente,
no anonimato,
atropelado pelo progresso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário