sábado, 27 de fevereiro de 2010

Sol posto

E cai a tarde assim
como a zombar de mim
mostrando o que perdi,
suspenso por um triz
o sol morre infeliz
como eu também morri.

E tanto encantamento
da dor, neste momento
registro a olho nu
e a cor da tarde calma
esvai-se como a alma
da tarde que foi tu.

Mas, amanhã é certo
o sol aceso, esperto,
inteiro e renascido
virá banhar de luz
a vida que seduz
a todos os sentidos.

Cá dentro meu sol posto
expulsa para o rosto
a noite em que estou,
nenhum sonho me diz
à frente o dia feliz
da tarde que voltou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário